Falece Miep Gies, a mulher que ajudou a esconder Anne Frank

 

Fonte: Yahoo! Notícias

Morreu ontem, segunda feira, aos 100 anos, Miep Gies, a mulher que ajudou a escondeu Anne Frank e sua família dos nazistas em Amsterdã, durante a 2ª Guerra Mundial.

Além do gesto de compaixão admirável, numa época em que poucos topavam se comprometer, Gies ainda encontrou e guardou o diário de Anne, entregando posteriormente ao seu pai, Otto Frank, único sobrevivente da família.

Podemos dizer que, sem Miep Gies não teríamos o famoso “O Diário de Anne Frank”. Além do meu interesse em estudos sobre o nazismo, desde a primeira vez em que tive contato com o tema, nas aulas de História da escola e, posteriormente, nas aulas de Sociologia da faculdade, o livro tem um valor especial para mim, pois o li na adolescência e aprendi a valorizar certas coisas na vida que normalmente não valorizamos – ainda mais quando se é adolescente – como a maravilha de poder acordar, sair na rua e ver uma flor. Isso pode parecer tolice, mas só compreendemos sua importância quando imaginamos, ainda que de longe, como deve ser estar privado disso tudo. Vou estender e falar dos direitos civis, do direito ao voto: as pessoas não conseguem valorizar devidamente o fato de poderem falar o que desejam, criticar o governo sempre que desejam, e o direito de votar si. Não têm consciência, estas pessoas, da quantidade de pessoas que sofreram, foram torturadas e morreram para que elas tivessem, hoje, os seus direitos civis e, especificamente, o seu direito de entrar numa cabine e apertar um botão no dia das eleições. Isso se chama consciência cívica.

Quanto ao nazismo, é importante que tenhamos consciência do que foi aquele período porque, só assim, poderemos detectar os sinais de alerta a tempo e evitar que Auschwitz se repita.

Bjs.