Vocês conhecem este programa/movimento?
Minha sobrinha vinha falando dele tem algumas semanas. Ela leu o livro e resolveu entrar nesse movimento.
A idéia foi lançada pelo pastor Will Bowen e a idéia é passar 21 dias sem reclamar/falar mal/fofocar. Parece fácil, não é? Mas eu garanto: não é fácil não.
Minha sobrinha falava disso e, desde que ela entrou no movimento, notei que o humor dela teve uma sensível melhora: ela está sorrindo mais, está mais bem humorada, não tem mais xingado as pessoas no trânsito. Eu saio de uns (2 últimos) anos complicados na minha vida, e às vezes esses fatores parece que diminuem nosso entusiasmo. Apesar de eu achar que ainda sou mais alegre/agradável do que muitas, muitas pessoas, não sou mais sombra da diversão ambulante que era há cerca de 2 anos atrás. Andava incomodada comigo e comentava na terapia que eu andava reclamando e mais ranzinza do que gostaria. Há dois dias li o livro e resolvi fazer parte do movimento também, com a minha querida pulseirinha roxa, que ganhei da minha sobrinha.
Em resumo o livro diz que somos o que falamos, porque somos o que pensamos e o que falamos expressa o que carregamos no nosso cérebro. Na verdade, como alguns devem saber, essa idéia está naquele livro O Segredo (eu não li, mas sei que está! heuheuehu) e quem pratica yoga ou conhece o Budismo, já conhece esse conceito há muito, muito tempo.
Todas as pessoas em todo o mundo reclamam demais hoje, sobretudo a respeito de coisas que não podem mudar ou que nunca tentarão mudar. Muitos, também, falam dos outros pelas costas ou proferem palavras de críticas, que tendem a colocar as pessoas para baixo. Pode notar, o mundo realmente está repleto disso. A idéia é se lançar ao desafio de, como já disse, ficar 21 dias sem sem reclamar/falar mal/fofocar. Os dias devem ser seguidos, ou seja, se você ficar 20 dias sem reclamar/falar mal/fofocar, mas reclamar/falar mal/fofocar no 21º dia, deve recomeçar tudo de novo. A idéia não é apostar uma corrida, tentar chegar ao objetivo mais rápido, mas sim tomar consciência do quanto falamos coisas negativas, sem notar, e o correto é falarmos sobre o que queremos e não sobre o que não queremos ou não gostamos. Aí vem a idéia do “se não for pra falar algo agradável/útil, é melhor ficar quieto”. O autor também nos chama atenção para o fato de como é muito mais fácil conseguir o que queremos pedindo com educação, do que reclamando e blasfemando. Aí até lembrei do mau humor que toma conta de mim sempre que tenho que ligar para aqueles call center de atendimento ao consumidor de telefonia, de tv a cabo, e tudo mais, sabe? Quando vou ligar, já ligo com má vontade pensando no atendente que desconhece as necessidades dos clientes, pensando na demora, pensando que não resolverão meus problemas, e isso tudo realmente já cria uma atmosfera ruim, porque já vou predisposta a dar um esporros. E adianta se estressar com isso? Não, não adianta. Mais fácil ligar sem irritação, sem estresse porque a capacidade de resolução do telefonema será o mesmo e a pressão da gente nem se alterará kkk. Um coisa que me chamou a atenção para o quanto as pessoas reclamam, foi o twitter. 10 entre 10 twittadas de algumas pessoas são para reclamar ou falar mal de alguém.
Na verdade você não precisa usar a pulseira roxa do movimento: qualquer objeto serve, pois a função dele é te manter consciente do que você fala. Pode ser um anel, uma pulseira qualquer, uma moeda no bolso, whatever, para você contar quantas vezes reclama/fala mal/fofoca. No meu primeiro dia, troquei a pulseira 19 vezes. Nos dias seguintes troquei entre 5 e 6 vezes. Hoje estamos no período da tarde e não reclamei/fofoquei nenhuma vez.
Apesar de 21 dias ser o tempo normalmente observado para que a pessoa possa se adaptar a algo novo, nada garante que a pessoa ficará assim para sempre. Pra mim está sendo legal porque realmente eu estava sentindo falta daquela pessoa que raramente se estressava, que via graça em quase tudo e que era bem tolerante. Achei legal a proposta porque me ajuda a me policiar e a buscar palavras legais ao invés de reclamar.
Ler o livro também é interessante, porque a idéia não ser Pollyanna, ficar rindo e achando tudo lindo, claro que não. Coisas que incomodam devem ser ditas, mas quando necessárias. A idéia é acabar com a reclamação à toa (que saco, acordei muito tarde; que saco, tá muito frio; que droga, vai chover; que raiva tenho desse calor; ô saco, o ônibus atrasou, vou xingar o vendedor da passagem até a morte; eu vou ficar doente; sou azarado, tudo dá errado pra mim; etc, etc, etc), que acaba virando uma bola de neve de pessimismo e reclamação, saca quando parece que tudo dá errado, que a pessoa não tem para onde ir? Então. E dá pra distinguir uma reclamação de um reles comentário através do tom que damos a ele. Enfim, tem as explicações certinhas no livro.
Vocês podem morrer de rir, mas um primo meu disse uma vez que, quando ele vai ao shopping lotado ele já mentaliza uma vaga bem legal perto da porta. Eu resolvi copiar e, acreditem se quiser, nunca mais saí de um shopping lotado por não achar uma vaga legal YAY \o/ heuheuheue
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É isso!
Bjoca.
Amiga, uma vez fiz um exercício na terapia tipo esse, mas acho eu que era mais complicado. A proposta era vc não levantar nenhum pensamento destrutivo, pessimista ou crítica negativa, de tipo nenhum meeeesmo contra vc. É quase impossível isso, colega, muito difícil. A regra era transformar todo pensamento ruim em outro bom na hora, jogando energia positiva pra dentro, entende? Lembro que no dia que tentei fazer isso, logo de cara quando olhei no espelho de manhã pensei algo tipo, que horror de cara, sabe? E mudei a frequência na hora, puxa, que bom acordar! E ai foi o dia todo, mas é uma loucura como a nossa mente fica jogando a gente pra baixo o tempo todo, é incrível o esforço mental que isso requer.
ResponderExcluirÓtimo a idéia do fim das reclamações, Cris! Adorei!
Beijocas!
Cris, realmente não há nada mais incômodo e chato do que pessoas que ficam reclamando da vida à toa. Principalmente, quando a gente sabe que a pessoa não tem motivos para isso ou que está em determinada situação por opção e não por uma fatalidade. Enfim, aprender a ser mais tolerante é difiícil, mas não impossível. E ter uma atitude mais positiva depende de cada um apenas.
ResponderExcluirBesos!
Rita, sem dúvida alguma somos nossos melhores amigos e inimigos, sem dúvida alguma. O gde desafio de tds nós, ainda mais se a pessoa for perfeccionista e autocrítica como eu, é ser mais generoso consigo mesmo. Tem q ser.
ResponderExcluirVerdade, Cris, tem gente q só abre a boca pra reclamar, falar coisas destrutivas, criticar os outros. Ainda bem q não tenho pessoas do meu convívio assim.
Eu sou assim. =/
ResponderExcluirÉ difícil ser de outro jeito...
Mas a gente tenta.