Sessão Pipoca 9: Anjos e Demônios

Hoje assisti ao filme Anjos e Demônios, baseado no livro homônimo de Dan Brown, autor de um outro best seller, O Código Da Vinci, com direção de Ron Howard.

Dan Brown fizera um romance baseado em teorias, muitas delas não levadas a sério por antropólogos, historiadores e arqueólogos, porém, O Código Da Vinci levou a milhões de pessoas uma possibilidade que elas jamais haviam, sequer, cogitado: a de que Jesus Cristo havia sido um homem normal, que havia se casado e, quem sabe, deixado herdeiros. Achei interessante como aquela obra levou ao conhecimento das pessoas, católicas ou não, um outro ponto de vista da história de Cristo. Que a Igreja Católica modificou muito da História com o objetivo de manter-se no poder, é sabido. A intenção de colocar a mulher em uma posição que eu chamaria de inferior, é igualmente reconhecida. A Igreja Católica não foi a única responsável pela posição subjugada das mulheres ao longo dos séculos, mas colaborou.

Eu li o livro O Código da Vinci antes de ver o filme e, de fato, não gostei tanto daquele filme como gostei do que vi hoje. Desta vez fui sem ter lido o livro e ADOREI o filme. Um divertimento e tanto. Pelo menos pro meu gosto. Gosto muito, na verdade, amo tudo que se refere à História, à História da Arte e tudo o mais e, nesses trabalhos de Brown, o protagonista não é o professor de Simbologia de Harvard Dr. Langdon, interpretado por Tom Hanks, mas sim as obras de arte, as cidades históricas (para as apaixonadas em cosméticos há um momento “borboletas no estômago” quando a fachada da loja Sephora aparece numa das cenas – neste trailer, inclusive, aparece essa cena). E, claro que da parte que me toca, é bom ver um acadêmico - sobretudo de uma área que pertencia às Humanidades - fazendo um papel de herói, né gentem! Nesses filmes é passada a idéia do quanto o conhecimento obtido através de muito estudo é importante. E como é. Independentemente do fato de a cadeira da qual ele é professor não existir e de toda a ficção da coisa, a idéia final é essa.

Em Anjos e Demônios a questão levantada não é a da vida afetiva de Cristo, o Priorado de Sião e das peripécias da Santa Igreja para manterem uma determinada “verdade” escondida, mas sim a ameaça de um grupo de pensadores e cientistas – iluminados - que haviam sido reprimidos e, até mesmo, assassinados pela Igreja Católica ao longo dos séculos e que, agora, retornam atrás de vingança: os Iluminati. Na obra de Brown este grupo teria sido fundado por Galileo Galilei e outros importantes cientistas. Não há provas de que isso seja real, porém, a diversão está garantida.

A Igreja Católica, mais uma vez, foi contra o filme, declarou que ele deveria ser boicotado. Porém, diferentemente do que ocorria em O Código Da Vinci, não vejo uma ameaça deste trabalho à Igreja. Pelo contrário: existem trechos que parecem até fortalecer a imagem da Santa Igreja. Ao menos ao meu ver.

Apesar de ambos os trabalhos de Brown serem baseados em muita fantasia, a diversão é garantida. Apenas recomendo que você veja o filme antes de ler o livro.

Muito recomendado.

Bjs.